понедельник, 19 июня 2017 г.

Pskov: MUST SEE (imperdível)


Pskov, história

Segundo uma das teorias de etnogênese, os povos novos sempre se formam nas fronteiras, pela causa da interação “amizade/guerra”. Assim foi o caso de Kiev (fronteira russa com Khazaria e Império Bizantino), Moscou (área russa no marco da Horda de Ouro), São Petersburgo (literalmente o frente da guerra da Rússia contra a Suécia) [1.]

Um dos centros de etnogênese russa foi também a área de Pskov (300 km de São Petersburgo para sudoeste, 800 km de Moscou para noroeste). Pskov fica a 2 passos da Estônia e a Lituânia atuais. Muito mais antiga que Moscou, até o século XVIII Pskov foi uma das maiores cidades da Europa. Pskov protegia a Rússia das agressões das tribos bálticas, das Ordens Teutónica e Livônia. No período da desintegração feudal Pskov balanceava entre Kiev e Novgorod até quando, no século XV, ficou subordinada a Moscou.

As cidades fronteiriças se diferenciam por sua dualidade: por um lado elas copiam algo de seus vizinhos, por outro lado desenvolvem seu próprio estilo para ser diferentes. Hoje, para algumas pessoas Pskov é uma das “janelas para Europa”, a terra russa “menos infectada” pelo bolchevismo-czarismo-hordismo. É importante saber que depois da catástrofe da aventura dos Romanov na I Guerra Mundial o governo soviético teve de ceder uma parte da região de Pskov ao estado marioneta da Inglaterra – à República da Estónia (a Rússia Soviética estava no caos da guerra civil, invadida pelos 14 estados estrangeiros). Destruída pelos Romanov, a Rússia se recuperou só depois da Vitória da URSS na 2GM. Assim, o povoado Izborsk, um dos símbolos da Rússia (fica a 30 km de Pskov!) em 1920-1940 foi integrado à Estônia. Durante a 2GM em Pskov, ocupada pelos nazistas, se acomodaram o “exército russo da libertação” do traidor Andrei Vlasov, a “Divisão Azul” dos franquistas espanhóis e outros colaboracionistas do fascismo pan europeu. É lógico que para os neonazistas russos o caso de Pskov é muito especial.

Um dos torcedores dessa onda, entrevistado por nós perto de Izborsk, com muito orgulho comentou que durante a guerra civil russa os representantes da tribo local seto, atacando aos russos-vermelhos, não gritavam “HURRA” como os “untermensch” russos (“hurra” é uma palavra turca, herdada da Horda de Ouro). Os setos, sendo “super homens”, durante seus ataques costumavam simular as vozes de porcos, cachorros, galos, etc. É curioso notar como o anti sovietismo leva ao arcaísmo total…

Obsessão pelas ordens, medalhas e carros de luxo


Mariscal Edward Rydz-Śmigły a única coisa que fez como militar foi correr do Exército Vermelho (que foi uma operação muito importante: Edward Rydz-Śmigły salvou seu exército), como consequência de uma só operação exitosa, esse mariscal foi o cavaleiro das dezenas das ordens polacas e das dezenas das estrangeiras.

General Gustav Orlich-Drescher foi uma piada de Deus (responsável pelas “colônias ultramarinas” da Polônia), mas também gostava muito das ordens e medalhas.

Mariscal Józef Piłsudski, o ditador da Segunda República Polonesa, o “avô” da nação polaca, não tinha complexo de inferioridade:

“Há coisas que vocês, polacos, não são capazes de compreender!.. Quanto eu poderia fazer, se governasse um outro povo”.

A elite polaca dos anos 1930 chegou ao nível do ditador do “Império” Centroafricano – Jean-Bédel Bokassa.

A obsessão pela falerística é um dos indicadores da degradação das elites. É eloquente a comparação da elite soviética dos anos 1930 (o período heróico da URSS) com a elite da Segunda República Polonesa.

General Tadeusz Komorowski não ganhou nenhuma batalha, mas teve umas 10 condecorações máximas da Polônia.

o êxito do Ocidente e o fracasso do resto do mundo

O livro de Robert C. Allen “Global economic history: a very short introduction” (2011) é recomendado para todos nossos clientes.

O autor estadounidense analisa o êxito do Ocidente e o fracasso do resto do mundo (em particular são interessantes para nós os trajetos semelhantes da América Latina e Rússia).

Contudo Robert C. Allen não é adepto à teoria obsoleta de Max Weber (igual ao protestantismo, o catolicismo prospera nas “áreas de bem-estar”). Também ele não é membro da seita do institucionalismo econômico (a Inglaterra parlamentar teve muito menos liberdades que a França absolutista, e por isso seu “segredo” não foram as “instituições” nem os “valores liberais”).

Como regra ganham os países cujos estados conseguem concentrar o capital para descobrir, conquistar, manter e modernizar. É muito importante a conclusão de Allen que o fenômeno da modernização é motivado por altos salários e por certa igualdade (como mínimo no acesso à educação). Os países de salários baixos e da desigualdade social estão condenados a atraso, arcaização e culto de Ayn Rand.

суббота, 3 июня 2017 г.

O que levar de presente do Brasil para a Rússia?

– Uma garrafa de cachaça é um ótimo presente. A cachaça é semelhante à vodka caseira russa, conhecida como “samogon” e os russos vão gostar!

– Camiseta da Feb (Força Expedicionária) – os russos quase não sabem nada da participação brasileira na 2GM e eles vão gostar muito da história de como “a cobra fumou”. Aseguramos, que Camiseta da Feb vai ser muito mais original que uma camiseta da seleção brasileira!

– Café? É um presente universal, mas na Rússia se vende bastante café brasileiro, embora este café provavelmente seja falso. Por isto há de presentear com um café 100% autêntico. Erva mate? Pode ser, mas na Rússia ela é mais associada com a Argentina graças aos livros de Julio Cortázar. Não tem associação com o Brasil. Mas como os russos são campeões no consumo de chá, sem dúvida eles vão gostar da erva mate.

– Um disco da Bossa Nova? – legal! Mas o tema, igual ao café, é bastante famoso na Rússia. Não seria melhor levar um disco de Luiz Gonzaga? Os russos são super musicais, sem dúvidas eles vão ficar loucos pelos sucessos como “Pagode Russo” ou “A Vida de Viajante”! O acordeão é muito significativo para os russos. E o chapéu cangaceiro?! É um presente genial para acompanhar um disco de Luiz Gonzaga!

– Calça branca para homem. Melhor que seja do Rio de Janeiro! Parece estranho? Vou explicar.

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