вторник, 27 октября 2015 г.

Como os russos nos vestimos para o inverno

Somos um país do inverno, quando tudo está colorido branco e preto, o ar é puro, as curvas femininas estão escondidas pelos abrigos de pele, não se pode ver as formas das pessoas, sómente os olhos. Você consegui imaginar isso? Milhares de rostros lindos navegando sobre a neve! Os turistas deveriam visitar a Rússia só pelos invernos!

Mas o inverno é frio. Atenção: o frio é diferente. As temperaturas no Norte da Sibéria chegam até -50 graus, esse frio até destrói o esmalte dos dentes. Por isso a maior parte do povo mora no "Sul": entre Paralelo 70 N e Paralelo 50 N. 

É absurdo comparar a Rússia com o Canadá: 97% da população do Canadá mora ao Sul na Latitude 55 N (a mesma de Moscou). Enquando a Rússia tem 9 cidades com mais de 1 milhão de pessoas ao Norte da Latitude 55 N (sem falar de 7 cidades, onde moram mais de 500 mil habitantes, também localizadas à cima da latitude de 55 N).

O frio da Sibéria, geralmente, é um pouco mais seco que na parte central. Faz menos de 30°, mas ao mesmo tempo faz sol e é muito alegre. O frio de Moscou é úmido. Quero dizer que embora que faça entre menos 5 e menos 10, pelo efeito da umidade e também pelo vento, o inverno de Moscou é bastante frio. Pessoalmente prefiro o frio da Sibéria.

O inverno é lindo, mas o inverno nunca foi aliado da Rússia. Os mongóis atacavam nos invernos, quando os rios congelados viravam rodovias perfeitas. Os nazistas também continuaram seu avanço durante o inverno (depois de uma pausa no outono, quando tanto os nazistas como os russos ficamos paralizados pela lama das rodovias). Meus caros amigos, o mito sobre General Inverno é tão popular no Ocidente sómente para justificar os fracassos terríveis dos agressores: para dizer que não foram os russos que venceram, senão um tal General Inverno... Kkkkkkk. Como se os europeus dirigidos por Napoleão ou por Hitler fossem tão idiotas que não sabiam que na Rússia faz frio. É ridículo. 

Nós russos não somos extraterrestres, cada novo inverno é como a primeira vez. Nunca estamos preparados 100%. Sofremos por causa do frio igual as outras pessoas. Sómente temos que gastar muitos recursos para aquecer nossas moradias, fábricas, estábulos de animais (por isso centralizamos a calefacção, que foi um êxito reconhecido mundialmente).  Temos que comer bem para caminhar pela neve até o carro/ônibus/trolley/bonde/metrô. Temos que trocar os pneus dos carros para o inverno, etc.

E também temos que gastar dinheiro para comprar um conjunto de roupas de inverno!

As roupas de inverno não produzem calor, mas elas ajudam a conservar melhor o calor do nosso corpo. Não importa qual temperatura faz "fora de seu corpo": -1 ou -30, a tarefa da roupa é conservar seus 36 graus. Usamos o mesmo casaco para -10 e para -30. Mas é importante ter várias camadas de roupa, para que o efeito de termo seja melhor. Quanto mais frio faz, mais camadas de roupa usamos:

1) roupa térmica
2) calças ou saias de lã, veludo ou outro material denso, "quente" e a prova de vento, calças de esporte de inverno
3) suéter/agasalho
4) casaco com capuz de inverno (este casaco deve ter de isolamento de algodão grosso/pena de ganso/fluff artificial, etc.)
5) chapéu de inverno (pele ou qualquer outro isolamento)
6) botas impermeáveis de inverno (pele ou qualquer outro isolamento)
7) cachecol e luvas

Você pode comprar a roupa de inverno num shopping russo indo em taxi de aeroporto justo para este shopping. E se você não vai ficar na Rússia por muito tempo, você pode comprar a roupa de inverno numa loja de uniformes (para os operários) - esta roupa de inverno não é muito linda, mas é boa e barata. A melhor opção seria emprestar esta roupa de algum amigo.

Como diz um provérbio russo: "Um Sibériano não é uma pessoa que não sente frio, mas que sabe como se vestir bem".


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четверг, 1 октября 2015 г.

"Modelo russo da gerência"

Já se sabe bastante sobre os ciclos de desenvolvimento: são best selleres mundiais as obras de Broudel e Arrigi. Também é famoso e muito citado o economista russo Kondrátiev com seus “ciclos econômicos largos”. Neste blog nós apresentamos antes as teorias geniais de cliodinâmica (história matematizada) de Serguei Nefiódov e Andrei Turchin e geralmente escrevemos muito sobre o ciclismo da história russa.

Hoje lhes queremos ofereçer uma revisão do livro de Alexandr Prójorov “Modelo russo da gerência”. Este ensaio bastante superficial foi republicado na Rússia 10 vezes (!) e a interpretação de Alexandr Prójorov esta virando uma moda igual à interpretação vulgar do desenvolvimento da cultura russa de Andrei Paperni. O modelo de Alexandr Prójorov esta fundamentado em 2 fatores:

1) o fator climático

A Rússia é um dos países mais frios do mundo, por isso a idiotia milhenar da vida de camponeses russos gerou 2 regimes de trabalho: a mobilização radical de verão (3 meses) e a estagnação de inverno (6 meses). O trabalho de verão é tão duro, que 80% de bebês nascidos no verão morriam, diz Alexandr Prójorov num video. As mães não tinham nem tempo nem leite para sustentar estas crianças. O verão requer uma mobilização de todos os recursos para um período curto: a gente demonstra os milagros de trabalho COLETIVO 24 horas por dia.


Assim, o modelo russo da gerência regeita as relações de concorrência, como "um luxo que exige grandes recursos". À primeira vista tal modelo virou uma norma por causa da pobreza e ameaça permanente de guerra.

"...É certo que a concorrência conduz para uma atividade cada vez mais efetiva, mas a cada momento concreto ela não deixa usar os recursos dados completamente... Em contrapartida, a luta de concorrência temporariamente retira uma parte de recursos de circulação".

Durante as guerras feudais as tropas sofrem perdas de homens, que poderiam ser usados em proveito do Estado; a concorrência descontrolada de latifundiários pela mão de obra leva à desapropriação das terras dos proprietários fracassados; a ruína dos camponeses, que trabalham mal, reduz a quantidade dos contribuintes; a ausência do planejamento centralizado provoca subutilização da capacidade de proudção de muitas fábricas, etc.

Não por acaso, nas condições da guerra ou crise até os países de mercado ativamente estatizam suas economias. E a Rússia quando não está em crise, está na guerra, é lógico, que nossa economia seja mais estatal do que de mercado, não tivemos recursos para nos permitir o luxo de mercado.

Êxitos do modelo russo da gerência:

- evacuação de emergência da indústria para os Urais e para a parte Asiática durante a Grande Guerra Patriótica contra a Europa de Hitler.

- a mobilização de Pedro I permitiu em 1705 aumentar os gastos militares em até 96% das rendas do país (para ganhar a guerra contra a Suécia).

- Ivão, o Severo para a Guerra de Livônia conseguiu crear o maior exército de Europa num dos países mais pobres. 

No entanto o fator climático não é tão fundamental como parece à primeira vista... O fator da tradição administrativa também é muito importante.

2) tradição administrativa

O Ocidente cresceu à base do feudalismo do imperio franco de Carlo Magno, - diz Alexadr Prójorov, quando Carlo Magno conquistou um território desenvolvido já, cristianizado e obediente à lei. Por isso sua administração é caracterizada pela descentralização em cima da sociedade e pela centralização ao nível local. A tradição administrativa na Rússia (anarquista, policonfessional, multiétnica) foi bem diferente.

«Os súditos pagavam os impostos só no caso da ameaça direta do uso da força militar».

Poliudie requer a necessidade da centralização superior em cima da sociedade, quando ao nível local os clasters da sociedade russa são bastante autônomos.

O triufo histórico da centralização estatal é provado pelos resultados da competência entra a Lituânia/Polonia e a Rússia, - resume Alexandr Prójorov.

P.S.

É interessante que o balançe de mobilização e estagnação também seja próprio para o Egito Antigo (czaratos e distúrbios), a China Antiga (imperios e zhànguó, períodos dos reinos combatientes), a Roma (dualidade entre império e república), a Europa Medival (imperio de Carlo Magno e reinos bárbaros). 

Mas onde a Rússia (Ásia) se separou do Ocidente? Alexandr Prójorov não dá resposta... Conforme o autor a Rússia é condenada à oscilação entre as mobilizações (totalitarismo, estalinismo, pedrograndismo, ivanoseverismo, etc.) e estagnações (sabotagem popular contra o grupo governante: corrupção, apoio passivo de golpes palacianos, etc.).

Geralmente o ensaio de Alexandr Prójorov tem um carater abertamente russofóbico e antissoviético, embora em suas palestras públicas o autor sempre sublinhe que, se nosso estado conseguiu viver 1100 anos, isso quer dizer que nosso modelo ainda é adequado. 

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