Heydar Jamal, líder do Comitê Islâmico da Rússia, é um filosofo do islã político, o qual para ele é um novo bolchevismo, que teoricamente poderia conservar a integridade do "território político" entre o Mar Báltico e a ilha Sakhalina. Me pareceu interessante e poética sua visão da Rússia, fundada na filosofia religiosa, fronteiriça com "new age" e "prensa amarela".
A Rússia de Heydar Jamal é um espaçador entre a Roma pagã (Ocidente) e a Shambhala pagã (Oriente), que não dá para se encontrar estas duas cabeças do Reino da Besta. A Rússia é uma zona de resistência entre os pólos do Ocidente pagão e o Oriente pagão.
A Rússia
"...o território da Rússia é um espaço indefinido e sem fundo ("buraco negro" segundo Brzezinski) entre o Ocidente e Shambhala. Entre o "comitê da recepção do Anticristo", que fica na Europa, e aquele lugar, de onde o Anticristo tem que vir!
A Rússia é um composto de seis bandas verticais (no sentido geográfico) ou áreas, conectadas juntas como peças de um espeto. Isso é a Rússia Ocidental (ou Rus´) - o território que chega até o rio Dniepre e a Bielorrúsia. Lá estão também o Noroeste e a Lituânia e esta área termina ao lado de Smolensk. Logo segue a Rus´ interior (não chernossolo): o mesmo Moscou, Tambov, Oriol, etc., logo segue a Rússia Central-euroasiática - Idel-Ural ou região de Urais e rio Volga, que no sul sai para o Cáucaso setentrional e o Mar Khazar (na língua persa - "Mar Cáspio"). Logo segue a Siberia ocidental, conectada com o Grande Turan, a saída para o Cazaquistão, Altaï e as regiões profundas dos turcos orientais. Logo segue a Sibéria Oriental, conectada no sul com as terras "amarelas" e tão querida pelos xamãs paleoasiáticos, cuja tradição é um eco deformado do Taoísmo. Finalmente o Kraï do Litoral é uma saída para o Oceano Pacífico, a Última Terra, o notório Estreito de Bering, que no século passado e antepassado era uma explicação para os cientistas das origens da gente no Novo Mundo.
Assim são seis pedaços gordos, ligados por um espeto comum. E que tipo de espeto é este? Pode ser qualquer coisa até que sirva para conectar o rio Dnieper com a costa do Pacífico. É uma consolidada comunicação administrativa entre todas as seis regiões, que torna todo este espaço intransitável para o Ocidente. Você pode perguntar o que era esta conexão antes de Chingiz? Eram os hunos, eram os movimentos do Grande Turan, que incluíam não apenas aos nômades turcos, mas também aos iranianos (Saki, Masagety, etc.). Não é à toa que o rio Ob tem um nome iraniano (Indo-Europeu), que significa "água".
O mistério deste território também é que cada uma das seis bandas como se supervisione em sua saída de sul uma área especial debaixo. Assim a Rus´ Ocidental e a Rus´ Mediana estão endereçadas para a Costa do Mar Negro e parcialmente para o Cáucaso Ocidental; o Idel-Ural está bloqueando o Cáucaso Oriental e a região da Costa do Mar de Cáspio, etc. E o espeto integrador é uma coisa técnica até aquele último momento, quando deste território político vai se precisar a certeza respeito a Shambhala.
À luz deste argumento a lógica dos historiadores russos, que a Rússia "salvou" a Europa dos tártaros-mongóis, pode ser questionada. Como se esses historiadores estivessem terrivelmente preocupados pelo destino da civilização cristã medieval! Na verdade, esta área - não só a Rússia naquele tempo, senão todo o território, com a participação do litoral do Pacífico, não deu a Genghis Khan para se conectar com a Europa. Porque não há nenhumas dúvidas do que Genghis Khan foi um enviado plenipotenciário de Shambhala.
Os manhosos geopolíticos maçons e seus marionetes falam sobre uma Europa de Dublin até Vladivostok. Alguns disseram de Lisboa até Vladivostok...
<...>.
Escusado será dizer que esta idéia foi desenvolvida por aqueles que querem estender o tapete vermelho no qual o imperador 25 de Shambhala virá à Cidade Eterna para conectar o submundo da Idade de Ouro, com a capital do Caesars. E qual é o slogan da capital do Caesars? Qual é o slogan da "Besta do Abismo"? Hierosolyma est Perdita («Jerusalém deve ser destruído") - este é o lema com que legiões de Tito e Vespasiano, Trajano e Adriano avançaram para destruir a primeira capital do Monoteísmo!
E agora os seguidores dos assuntos pagãos romanos e dos crusados-bafométicos são os sionistas que organizaram seu "Israel" como uma paródia sombria da promessa escatológica judaica. É preciso ser cego para considerar o "Israel" como algum estado "judeu" - é a mesma mão de ferro do Ocidente, que era o Reino Latino de Jerusalém, estabelecido pelos senhores alemães nove séculos atrás. A propósito, não se enganem, que os crusados, em virtude do sinal usado no manto do cavaleiro, não são da Guarda de Shambhala. Cruz - é apenas um símbolo solar que existiu no Irã e Roma muito antes de Yeshua e que não foi usado pelos cristãos como seu próprio emblema pelo menos nos dois primeiros séculos...
Então aqui esta o ponto: a Rússia é um espaço que não dá para se ligar o anodo e o catodo dentro da bateria eléctrica do tempo - a fim de produzir o fogo que poderia queimar o tempo restante, privando-nos, um pequeno destacamento dos monoteístas dentro da humanidade Luciferiana, de uma chance de redenção. É um território político"!
Para Heydar Jamal a Rússia é um Norte absoluto, Bórea, uma zona do radicalismo, onde os radicais do mundo inteiro negam o mundo existente, aqui a consciência luta contra o ser.
"...em 1917 aqui foram liquidados os Romanov e isso foi a maior conquista metafísica da história mundial. Depois disso a Rússia com um pé saiu do Sistema. Toda a história que flui na Rússia depois de 1917 é uma luta entre aqueles que querem realizar uma retirada total da Rússia do Sistema (Oeste) e aqueles que querem levá-la de volta. Se os últimos conseguem fechar esta lacuna na cidadela de ordem mundial, a humanidade não terá a menor chance. Se poderá esquecer sobre o sentido de liberdade e justiça".
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O Leste
"...
Eu disse antes que o território da Rússia é, independentemente do regime, é um território político. Motivo: a Rússia desempenha o papel de "isolante". Este "isolante" entre o Ocidente e o Tibete, cobiçado pelo estabelecimento de nível superior. Os britânicos estavam ansiosos para o Tibete ... III Reich foi para o mesmo endereço... E isso é apenas a ponta do iceberg. Em 1902, o exército britânico entrou em Lhasa. O homem comum percebe isso como a imprensa amarela. No entanto, muitas coisas com sotaque de New Age de fato são a linha central da cosmovisão dos donos do mundo. O Dalai Lama é central, como o Papa.
A China ocupou o Tibete, retirando o Lamaísmo do volume de negócios políticos da Maçonaria ocidental. A China puxou a ficha sobre o projeto "Ungern". Ocidente continuamente está tentando descobrir o trânsito através da Rússia para o Leste. Eles não estão interessados em Nakhodka nem em Vladivostok... O objetivo do Ocidente é a região ocidental da República Popular da China, que inclui Xinjiang, Tibet, e "Grande Mongólia". A propósito, a "Grande Mongólia" inclui Buryatia, Tuva, Altai, Khakassia, Shoria. Baikal - também é uma parte disso (são regiões da Rússia). Este é do que eles precisam! Não para o petróleo, não para o gás! A Rússia como um "isolante", a República Popular da China como um "neutralisador" - são a principal dor de cabeça do "Alto Ocidente".
O Dalai Lama é uma figura simbólica, o macro-sacerdote mais importante do campo ecumênico brahmanical. Porteiro de Shambhala. O "Atlantismo" e "Himalaia", se não houvesse um "isolante" de 17 milhões de quilômetros quadrados, formariam um "arco voltaico" do domínio absoluto sobre o mundo. Todos os governantes do nosso mundo satânico se formam na fila para prestar homenagem ao imperador do Kalachakra. Mas em seu caminho fica um "buraco negro". A formação deste "buraco negro" é providencial. Ela existia antes de Genghis Khan, que tentou preenchê-lo. Ele pelo contrario correu para o Ocidente.
Para 300 anos estendeu a colonização dos Romanov do "buraco negro" nos passos de Genghis Khan, apenas na direção oposta. Os Romanovs percebiam o tema da Shambhala muito seriamente: Peter Badmaev (Zhamsaran) não só influenciou em Nikolaï II, mas também organizou uma guerra russo-japonesa. O Romanov deve ser visto como um puro fantoche do Ocidente a esse respeito. A guerra com Tóquio foi uma guerra pela China, mais precisamente - pelo Tibete. <...>. Naquele tempo não havia uma China anti-tibetana, que se opõe ao Dalai Lama e seus protetores ocidentais.
A propósito deve-se ter em mente que a China sempre foi anti-tibetana - desde aquele momento quando o budismo chegou à China. Os mesmos Talibãs pelo fuzilamento dos Budas em Bamiyan devem ser condecorados com as medalhas do Congresso Nacional dos Representantes do Povo da China. O contato do patriarca da Igreja Ortodoxa Russa com a China mostra que a Igreja Ortodoxa Russa não espera se integrar no campo ecumênico do alto clericalismo.
As soberanias nacionais, opondo ao governo mundial, devem ter um núcleo religioso. São aqueles sujeitos religiosos, que em princípio não podem ser integrados no Bramanismo iniciativo que esta por trás das costas do governo mundial. Nesta lista daqueles, que não "foram tomados na viagem de pesca", estão a Igreja Ortodoxa Russa, os salafistas e os confucionistas vermelhos da China. Por outro lado uma os tariqahs sufis e uma parte externa da Ortodoxia (Athos) já estão integrados. Cerca de Cirilo, quando ele se tornou patriarca, era muita controvérsia. Alguém apontou para sua suposta proximidade ao Vaticano... No entanto, a situação política e religiosa no mundo é tal que o a Igreja Ortodoxa Russa não tem outra escolha a não ser apoiar o projeto da burocracia nacional. <...> Embora a política é uma coisa assim... Hoje no interesse do monoteísmo você aceita a ajuda dos yankes, e amanhã - do Comitê Central do PCC! Resumindo, podemos dizer que a visita do patriarca da Igreja Ortodoxa Russa para a China é desafio mais enfático para os Estados Unidos do que 100 "palestras de Munique" (de Putin)"
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O Oeste
...A essência do Ocidente não é outra coisa que o antropoteísmo no sentido imanente e muito concreto, este antropoteísmo por um lado encontrou sua expressão na antiga estética grega, por outro - na deificação dos imperadores romanos, que não é simbólica, mas é literal. O império virou uma forma política deste antropoteísmo. No império a casta dos sacerdotes - não importa quais tradições eles representam - foi empurrada do centro da tomada de decisões. Os sacerdotes em Roma foram marginalizados no fundo da classe militar. É aí onde reside o segredo da revolução religiosa que teve lugar no espaço imperial perto do século III. O nome do "profeta hebreu" (inimigo do sacerdócio pagão e de todos os tipos de seu impacto sobre o meio judaico) foi usado pelos sacerdotes de Mitras - e além de eles por todos os clérigos de Roma para reconstruir a sociedade europeia no espírito da pirâmide tradicional, com a igreja como um vértice. A chegada dos líderes germânicos que viraram os reis "cristãos" em lugar dos imperadores romanos foi um triunfo civilizatório do sacerdócio.
No entanto, a Igreja nunca conseguiu reconstruir completamente para si o Oeste, no sentido clássico tradicionalista. Geneticamente a humanidade europeia está ligada demasiado às práticas litúrgicas da destruição total e ira santa - rasgos específicos que caracterizam a classe de guerreiros, livre da autoridade dos sacerdotes e xamãs. Portanto, apesar dos melhores esforços dos pontífices, ordens monásticas e sacerdócio branco, a Europa voltou ao cedo antropoteísmo dos Caesars, derramando os córregos de seu sangue e de sangue de outros.
O valor total da violência, realizada pelos europeus durante 2000 anos do cristianismo, excede 2000 vezes a violência, implementada no resto do mundo, não excluindo a Genghis Khan! Somente durante a Guerra dos Trinta Anos na Europa Central foram destruídas praticamente todos os residentes e testemunhas dizem que se podia viajar por semanas no sul da Alemanha, sem encontrar outra alma viva.
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